Há
sentimentos revoltados e almas do avesso. Almas que encontraram o seu
melhor lado assim. Sentimentos que se percebem melhor nesta
perspectiva. Não são opções de escolha. São opções que
aparecem sem darmos conta. Se soubesse que ao adormecer, de manhã
não o ouviria mais respirar, eu não teria fechado os olhos com
aquela calma que me atingiu o corpo. Não são escolhas que
fazemos. É a alma que precisa mudar. É o corpo que precisa de uma
reviravolta. E nós deixamo-nos ir. Porque o medo consegue ser tão
forte quanto um rochedo a rodar montanha abaixo. Mas, desenganem-se
os desapaixonados. Porque o amor vence barreiras. O amor quebra
medos. Há um amor certo para cada alma virada do avesso. E se não
houver, sorrimos e acreditamos que o amor está em algo que nos
pertence. O amor...que deve ser gentil, corajoso, forte, desinibido.
Como os olhos verdes, de quem um dia me adoçou com milka.
Como aqueles dedos pequeninos que me agarram a mão por segurança.
Pedimos mais porque somos seres
ignorantes. Por não nos satisfazermos com o que muitos nunca terão.
Achamos que somos superiores, apenas porque existe uma nota no bolso
e um amor na cama. Pobres almas, que nem o avesso as tornará
interessantes.
Não
peço amor nem almas do avesso. Peço-me eu. Assim, como sempre,
forte. Com o amor, gigante, de sempre. Um dia, aparecerá quem mereça
tamanho amor...eu gosto de almas do avesso.
Muito bom. É bom voltar ao blog quase dois anos depois e ver que ainda se escreve com a mesma vontade e delito.
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