sexta-feira, 6 de junho de 2014

Final.

Hoje decidi escrever, pela última vez, para ti. (E para todos os leitores) Escrever-te para te dizer o quanto me desiludiste. O quão triste fiquei com a tua partida sem despedida. Escrever-te para explicar que me dói, todas as noites ao deitar, saber que já não há mais palavras possíveis. Todo aquele nosso sentimento, toda a amizade de uma vida (5 anos) perdidos num beco qualquer sem saída. Hoje quero escrever-te. Para contar que estou bem. Que sigo todos os dias, com a cabeça levantada e o sorriso no rosto. Que há pessoas novas e há ainda as mesmas pessoas que um dia conheceste. Escrevo para me despedir de ti. Porque todas as amizades merecem uma despedida. Então aqui esta a minha despedida à nossa amizade. Aqui estou, a dizer adeus ao que um dia jurei para sempre. "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades." Adeus.
Não me estou a despedir da pessoa que és (foste) mas estou a despedir-me da amizade que nunca mais voltará. Seremos meros conhecidos de "olá, tudo bem?" na rua. Amigos de cafés rápidos e sem muitas conversas. Contrariamos muita coisa, ultrapassamos algumas más fases (e quase todas implicâncias minhas, eu sei). Seguimos, uns dias juntos, outros dias distantes. Nunca nos imaginei aqui, na recta final. Mas, se aqui cheguei, não voltarei atrás. Só se avança se os passos forem em frente. Escrevo para me livrar deste sentimento. Despeço-me para ter certeza que estou a fazer o caminho certo. Segundas oportunidades, todos temos. Pode ser que um dia a nossa apareça. Mas, é tempo de seguir sozinha. Cresci e sinto que já sei voar. Tudo o que me ensinaste, levo comigo. Espero que tenhas guardado tudo o que tem significado para mim, e que está em tua posse. Espero, do fundo do coração, que sejas o mais feliz possível. Porque mereces o melhor que a vida pode dar. Sinceramente, desejo-te o dobro do amor que desejo um dia encontrar para mim.
Um beijo, da sempre, "Haley".

terça-feira, 6 de maio de 2014

A ti...

Um dia vou saber escrever sobre ti. Vou conhecer-te a ponto de não encontrar palavras que te possam descrever. Vou decorar cada linha do teu rosto. E vou escreve-las nas linhas da folha. Vou-te sonhar em voz alta, com as mãos. Um dia conto-te o quanto gosto de ti, sem utilizar palavras que cheguem. Dispo-te a roupa e visto-te com amor. Delicio-me com o cheiro dos teus lábios e com o toque do teu abraço. Um dia vou conhecer o teu abraço. Tão forte e aconchegado. Tão doce. Um dia vou escrever-te o quanto te quis conhecer - loucamente - e finalmente o consegui. Vou agradecer o álcool que agora a nada me sabe. E vou contar-te cada gota do meu sangue que fervilha por ti. Um dia vou escrever-te uma carta. Não de amor, de nós. Uma carta vazia onde o amor perdurará eternamente. Um dia, quando souber escrever a ti.